O objetivo da Expedição Extremo é verificar e reunir informações junto aos diversos locais que visitará na América do Sul as melhores práticas aplicadas com vista a melhorar ou fomentar o desenvolvimento econômico local.

A expedição visa também estimular o fortalecimento dos canais de comunicação já existentes na América do Sul, além de conscientizar prefeitos, líderes comunitários e outros atores locais sobre a importância do desenvolvimento sustentável para a melhoria da qualidade de vida da população. Dessa forma, analisaremos a existência de ações que proporcionem a construção de uma base sustentável.
Dividimos a América do Sul em 07 (sete) regiões e programamos uma viagem para cada uma delas. Os diferentes destinos são:

2004- Extremo Sul: viagem ao Sul do Brasil, da Argentina e do Chile (Patagônia Chilena e Argentina) e todo o oeste do Uruguai, (14000 KM em 30 dias);

2005- Extremo Seco: viagem o norte do Chile, da Argentina, Chaco no Paraguai, e o Sul da Bolívia;

•2006- Extremo Azul I: visitar ao sul do Uruguai e Sul do Brasil;(não oficial)

•2007- Extremo Andino: viagem ao Brasil Andino, na porção andina da Amazônia Brasileira no Estado do Acre (Comunidade nas localidades de Boca do Acre e Rio Purus), Perú (Machu Pitchu, Lima e litoral); Bolívia, passando por La Paz, Santa Cruz, Lago Titicaca, retornando ao Brasil por Corumbá-MT;

•2008- Extremo Azul II: percorrer todo o litoral norte e nordeste, de Belém do Pará até a Bahia;

•2009- Extremo Norte: viagem pela região noroeste e norte da América do Sul, Venezuela, Colombia, e Equador;

•2010- Extremo Verde: viagem pela região amazônica e centro -oeste do Brasil;

- APRESENTAÇÃO

II - JUSTIFICATIVA

Com o retorno do tema sócio-ambiental para o contexto internacional, torna-se necessário estimular e divulgar a troca de experiências e ações desenvolvidas em projetos na América do Sul. O foco são ações que envolvam questões ambientais, sociais e de desenvolvimento econômico local. Assim, este intercâmbio de conhecimento promoverá estímulos a novos processos que podem resultar em grande benefício para todos os envolvidos.

III - Objetivos Gerais

- Captar e difundir as melhores práticas de desenvolvimento econômico local junto às comunidades e demais stakeholders;
- Garantir uma melhor qualidade de vida;
- Fortalecer as instituições e comunidades envolvidas;
- Melhorar o meio ambiente natural;

IV - Objetivos Específicos

- Promover um processo de conscientização dos diversos atores sociais das comunidades visitados pelo Projeto Extremo, a fim de incentivar a adoção de práticas compatíveis com o auto-desenvolvimento sustentável;
- Mobilizar e orientar as comunidades e instituições envolvidas na construção e operação do projeto, sobre as medidas de implantação da Agenda 21 Local, como também sobre condutas adequadas de uma rede de sociedades sustentáveis, evitando as desigualdades e injustiças sociais;
- Documentar programas de preservação do patrimônio pré-histórico e histórico;
- Apresentar as medidas a serem adotadas para minimizar as interferências da inserção da Agenda 21 Local;
- Esclarecer a comunidade de modo a garantir um convívio saudável e socialmente adequado entre a população residente nas localidades visitadas e os participantes do Projeto Extremo, direta ou indiretamente, envolvidos;
- Divulgar junto à comunidade a implantação da Agenda 21 Local;
- Capacitar educadores da rede pública de ensino ou lideranças comunitárias como agentes multiplicadores de educação ambiental para difusão de informações, sensibilização e mobilização social, planejamento e execução de ações sócio-ambientais em suas localidades.
- Produzir e editar material audiovisual educativo, culinário, poético e fotográfico, destinado a divulgação do trabalho desenvolvido. A finalidade é instrumentalizar educadores, instituições não governamentais, poder público, universidades, pesquisadores, viajantes e formadores de opinião para apoiar o processo de sensibilização sobre novas formas de desenvolvimento econômico local. Este documentário será exibido no Festival Internacional de Cinema Ambiental – FICA em Goiás Velho - GO;

- Confeccionar camisetas, bonés, canetas, cartilhas e roupas estilizadas para divulgar o trabalho desenvolvido pelos integrantes da Expedição Extremo, bem como o nome dos patrocinadores;

Realizar, durante todas as etapas, comunicação on-line com Instituições de Educação ou Pesquisas Científicas que estejam interessadas em divulgar e participar da Expedição Extremo, como forma de integração de toda a América Latina;

 

III - PLANO DE COMUNICAÇÃO

O Plano de Comunicação, aplicado na Expedição Extremo destaca-se por seu caráter participativo e informativo. Seus principais objetivos são:

- Estabelecer um canal de comunicação entre a expedição e a população;
- Orientar os envolvidos quanto ao trato com a comunidade e verificar ações de desenvolvimento econômico local;
- Divulgar as informações sobre a viagem, a obra e os Programas Ambientais existentes;
- Compreender quais são as melhores formas de influenciar uma nova realidade;

 

IV - FORMAS DE ATUAÇÃO

São necessárias duas linhas de atuação. São elas:

Comunicação Interna

A comunicação interna busca comprometer os participantes da expedição com o bom trato a ser dispensado às comunidades envolvidas pela Expedição Extremo.
Para isso, é realizado um estudo minucioso onde são abordadas as formas adequadas de conduta perante a comunidade e a conservação do meio ambiente. Esses estudos são reforçados por material informativo que é distribuído a todos os participantes.

Comunicação Externa

A Comunicação com o público externo busca informar a população visitada sobre os objetivos da viagem, como ele pode interferir e modificar a vida das comunidades, bem como quais as melhores maneiras de se influenciar uma nova realidade.
É importante que esse canal de comunicação permaneça aberto durante todas as etapas da expedição - planejamento, construção e operação - e desta forma, seja possível estabelecer uma troca mais eficiente com a população.
Manter a população informada quanto ao projeto e as atividades necessárias para sua execução. Respeitar e manter os canais de comunicação abertos com a comunidade é o ingrediente indispensável a receita do sucesso da expedição.

V - PLANO DE CONTEÚDO

O plano aplicado ao Projeto da Expedição Extremo será elaborar um relatório e material audiovisual que analisará todos os dados sobre as efetivas práticas e ações que de alguma forma promovam o desenvolvimento econômico local sustentável.
A intenção é contribuir em atitudes e comportamentos sociais favoráveis ao crescimento econômico e sócio-ambiental, ao mesmo tempo que possibilite o fortalecimento do processo de construção da cidadania, criando condições para a participação individual e coletiva, sobre o acesso aos recursos naturais e econômico.

VI - Metodologia

A concepção que fundamenta as novas formas de desenvolvimento econômico local baseia-se na elaboração e implementação de programas de educação sócio-ambiental. Sendo assim, a base de sustentação metodológica do Projeto Extremo são as seguintes premissas e pressupostos:

- Sensibilizar, para produzir unidade;
- Resgate histórico;
- Convivência em grupo;
- Mobilizar a população para a participação efetiva e conseqüente identificação das potencialidades e fragilidades econômicas e sócio-ambientais da região;
- Formação de agentes multiplicadores econômicos e sócio-ambientais;
- Priorização das soluções;
- Considerar as características naturais, populacionais, econômicas e sociais;
- Identificar os diferentes atores sociais envolvidos ou que tenham articulação entre as Instituições responsáveis pela implementação da Agenda 21 Local nas diferentes localidades visitadas pela Expedição Extremo;
- Propor ações que buscam refletir a situação concreta e inerente;

Dessa forma, o projeto se realizará em 3 fases distintas:

Fase 1- Direcionada ao mapeamento preliminar (demográfico, sócio-político, institucional e histórico, a partir de dados primários e secundários das cidades, de projetos relacionados à proposta e definição da região/público alvo;

Fase 2- Analisar a existência de linhas de fomento do desenvolvimento econômico local sustentável que visem o fortalecimento da sociedade civil na participação do processo;

Fase 3- Deverá acontecer durante todo o projeto (paralelo às fases anteriores) o registro de todos os dados possíveis de serem analisados em um momento final de conclusão da viajem, juntamente com a produção do material audiovisual;
Cada uma das fases acima apontadas se subdivide em etapas, que serão utilizadas como metas de execução do projeto.
Passaremos a descrever cada uma das fases de forma mais aprofundada para que se possa entender a seqüência de ações que compõem a metodologia adotada.

Fase I - Mapeamento Preliminar

a) Mapeamento demográfico, econômico, sócio-ambiental, e histórico, a partir de dados primários e secundários das cidades.
b) Esta etapa se iniciará a partir do levantamento e análise, de dados existentes sobre as cidades escolhidas a serem visitadas, com vistas a iniciar o processo de construção de um banco de dados com aspectos demográficos, geográficos e institucionais das localidades onde ocorrerá a análise, e, também, com vistas a subsidiar as definições iniciais em relação à execução do projeto.
Esta etapa pretende se desenvolver a partir de:
1) Mapeamento e delimitação das localidades, identificando características geográficas, populacionais, estruturais (instituições públicas, escolas, postos policiais, igrejas, etc), entre outras;
2) Mapear as entidades públicas e privadas envolvidas na gestão ambiental (formal e informalmente ou via projetos isolados de apoio à participação popular);
3) Trabalhar na troca dos resultados então gerados entre os parceiros envolvidos;
4) Efetuar análises e atualizações permanentes nos dados compilados até o final do projeto:

Fase II: Desenvolvimento Econômico Local
a) Desenvolver, experimentar e avaliar metodologias e ferramentas pedagógicas relacionadas à participação da sociedade civil no processo de desenvolvimento econômico local.
b) Realizar levantamento de metodologias, ferramentas e atividades pedagógicas relacionadas com a participação da sociedade civil e sua percepção sócio-ambiental da comunidade.
c) Elaborar um plano de ação para a realização do estudo de percepção de forma participativa com a comunidade dos locais escolhidos para figurarem como parceiros na aplicação do projeto, considerando-se a realidade de cada uma das cidades.
d) Produzir o instrumento (questionário) via elaboração de uma minuta que será complementada posteriormente por parceiros convidados.
e) Efetuar a aproximação com as entidades de bairro que comporão o projeto como parceiros e executar o estudo.
f) Avaliar os resultados obtidos nestas duas ações e projetar a intervenção educacional a ser iniciada na ação seguinte.
g) Efetuar análises participativas de governabilidade, impacto e abrangência dos problemas levantados no estudo de percepção (e diagnóstico) e levantamento de demandas relacionadas a conhecimentos técnicos/jurídicos/institucionais/políticos para a projeção participativa do plano de ação.
h) Realização de oficinas e seminários temáticos para instrumentalização técnica da comunidade sobre os pontos levantados na etapa anterior: estes seminários deverão ser organizados pelos participantes do Projeto Extremo, pela comunidade envolvida e seus parceiros.
i) Projeção participativa de um plano de ação para solução dos problemas prioritários / pertinentes, com vistas a identificar as ações passíveis de serem aplicadas para a otimização do processo de participação popular democrática no desenvolvimento econômico local.
j) Consolidação do plano de ação, priorização e elaboração participativa de projetos (viáveis e pertinentes) para o aprimoramento da participação social na implantação de metodologias de desenvolvimento econômico local.
l) Criação de uma rede de sustentabilidade que preveja a continuidade das ações junto a comunidade só que focadas na proposta de consolidação das ações desenvolvidas por cada “cidade” através do acompanhamento e monitoramento da implementação das ações identificadas pela comunidade na fase anterior.
m) Avaliação do impacto de programas de Educação Ambiental nas comunidades foco (dentro da rota) do projeto.
n) Levantar bibliografia sobre metodologias de avaliação de impacto de projetos de EA (Ex.: Projeto Políticas Públicas).
o) Aproveitar o estudo de percepção a ser realizado no projeto para criar um parâmetro inicial acerca do perfil do público alvo (população das comunidades).
p) Proceder com avaliações parciais em relação às metodologias, ferramentas e atividades realizadas ou utilizadas pelo projeto na intervenção educacional executada com a(s) comunidade(s).

Parcerias

A finalidade do Projeto de Expedições Extremo é procurar apoio financeiro, logístico, tecnológico, de treinamento físico, enfim qualquer tipo de apoio que contribua para a execução dos planos de ações citados acima.
O objetivo dos participantes é cooperar, discutir, reformular e propor aos parceiros, além de ajudar as comunidades com novas formas de atuação aos diversos atores envolvidos no processo.
São eles: patrocinadores, associações, sindicatos, universidades, Organizações-Não Governamentais, entidades dos setores produtivos urbanos e rurais, empresários, governo local e os demais interessados em levantar está bandeira, para execução das ações.

ANEXOS

O QUE É A AGENDA 21

É uma agenda sócio-ambiental, que pode ser construída na escala de um país, uma cidade, ou de uma comunidade.
Nasce na Eco-92, onde se decidiu fazer uma agenda para o século XXI, com o objetivo de garantir um futuro melhor, com justiça social e respeito ao meio-ambiente.

A AGENDA 21 DEVE CONTRIBUIR PARA

O fortalecimento da organização da comunidade;
Maior clareza dos problemas locais;
Parcerias dos moradores com o poder público e demais atores sociais para a resolução dos problemas;

EXTREMO SUL – 2004

Na etapa denominada Extremo Sul, verificamos a implantação da Agenda 21 Local nas localidades em que passamos. Conseguimos diversos patrocínios de empresas para a realização da viagem.
Um de nossos maiores acertos foi o desenvolvimento de ferramenta de informática para possibilitar maior visibilidade aos nossos patrocinadores.
Foram 14.000 km de pura aventura monitorada pela internet 24h por dia.

EXTREMO SECO - 2005

Na etapa Extremo Seco optamos por verificar as condições de processamento de lixo no norte da Argentina, do Chile e Sul da Bolívia. Foram 9000km em umas das regiões mais inóspitas do Mundo.
Escalamos o vulcão Licancabur na Bolívia com 5950 metros de altura.
Mais uma vez acertamos nas ferramentas tecnológicas e nos temas sociais e conseguimos dar uma excelente visibilidade aos apoiadores.